ESCANDALO
Pr. Antonio Jacome
Bastou vazar a informação de que o deputado estadual Antônio Jácome (PMN) foi expulso do alto pastorado da Igreja Evangélica por um suposto adultério e ainda por incentivo a prática de aborto ilegal para se ruir a imagem do político-religioso e para começarem as repercussões no plenário da Assembleia Legislativa.Na tarde de ontem, vários deputados saíram em defesa do parlamentar. O presidente da Casa, deputado Ricardo Motta (PMN), colega de partido, foi um dos que se solidarizou com Jácome. "Receba nossa solidariedade. Quero que transmita a dona Edna, sua esposa, a seus filhos, e receba o apoio do seu amigo, do seu companheiro. Eu me vinculo ao sentimento doloroso que ora passa nesse momento difícil da sua vida".
Outros parlamentares lembraram da vida política do deputado sempre ligada à religião e sem nunca ter respondido a um processo ou inquérito.
Mas em sua própria defesa, Jácome chorou, negou todas as acusações, disse estar passando por um dos momentos mais difíceis de sua vida e revelou estar sendo vítima de chantagem e extorsão. "Estou sendo chantageado, sofrendo extorsão. Querem atribuir a mim monstruosidades que eu nunca fiz e espero nunca fazer. Sou visceralmente a favor da vida. Não é fácil ver o nome exposto como alguém que possa perpetuar tais atrocidades. Estou indignado", declarou.
Jácome se lembrou do rompimento político com Robinson Faria (PMN), atual presidente da legenda, que não o apoiou durante o pleito, durante as articulações para composição da nova Mesa Diretora e na escolha do novo líder do partido. "Você se tornar o deputado mais votado do Estado sem ter ajuda partidária, sem ter um padrinho político. A quem interessa atingir a minha honra, a história de 20 anos de vida pública? Nunca respondi a um processo, nunca fui indiciado. Tentam atingir minha honra".
Ainda ontem, Jácome disse que a informação é mentirosa, afirmando que faz parte de uma estratégia política para acabar com sua imagem. "Isso é uma mentira. É uma ação política para tentar me atingir. Trata-se de calúnia e difamação", garantiu. A equipe de reportagem tentou entrar em contato mais uma vez com o deputado, mas sem êxito. Fontes da Assembleia, garantem que o deputado já está se articulando para provar inocência e processar quem supostamente inventou a informação.
PERDÃO
O vereador Daniel Gomes (PMDB) pede que a igreja Assembleia de Deus perdoe o deputado estadual Antônio Jácome (PMN), que foi punido sob acusação de adultério e incitação ao aborto.
O peemedebista se disse chocado com a notícia, mas defendeu que a Assembleia de Deus perdoe o integrante. "É um assunto particular. Um fato isolado. Estou dando a mão a ele. Já disse a ele em telefonema. Parabenizei-o pelo discurso de ontem (terça-feira). Ele se saiu muito bem. Eu já o perdoei assim como Deus e a igreja também vai perdoá-lo", declarou.
O vereador disse não acreditar que Jácome tenha pedido para que alguém faça um aborto. "Jácome não fez isso. Ele reconheceu que adulterou e recebeu a punição", afirmou.
O parlamentar disse que continua aliado político do peemenista. "Sigo sendo um liderado de Antônio Jácome. Ele merece o nosso perdão porque é um homem bom que cometeu um erro. Foi um fato isolado", explicou.
Para Daniel Gomes, o capital eleitoral de Antônio Jácome entre os evangélicos não será abalado. "Ele atingiu a comunidade, mas acredito que vai dar a volta por cima", avaliou.
Segundo Daniel Gomes, a punição ao deputado não é definitiva. "Ele ficará cinco anos impedido de atuar como pastor e um ano disciplinado (limitado a apenas assistir aos cultos)", concluiu.
Fonte:Correio da Tarde e O Mossoroense
Fonte:Correio da Tarde e O Mossoroense
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